Masterclass História do Cinema: ‘Imperdoável’

Imperdoável (Unforgiven), de Clint Eastwood (EUA, 1992), com Clint Eastwood, Gene Hackman

21 de novembro | Às 16h30 | Entrada Gratuita

 

inesquecivel2Depois da masterclass “A Actriz, Arte e Sedução”, apresentada há dois anos, com assinalável sucesso, é chegada a altura de dar voz e presença ao ator. Obviamente que, quando se falou da atriz, esta tinha sempre atrás de si (ou ao seu lado), atores que não lhes ficavam a dever nada.

O mesmo irá acontecer neste novo ciclo, onde magníficas atrizes irão desfilar e dar réplica a essa plêiade de grandes atores de todo o mundo (com óbvia maioria norte-americana) que selecionámos com a intenção única de demonstrar a grandeza desta arte e dos seus mais completos representantes.

Torna-se evidente que, de cada ator, procurámos escolher um título representativo do seu trabalho, de um período particularmente significativo e rico da sua filmografia.

Para maiores de 12 anos.

 

 

 

 

 

 


 

 

Auditório Municipal Maestro César Batalha

Galerias Alto da Barra, Avenida das Descobertas, 59 – Oeiras – O programa pode ser alterado por qualquer motivo imprevisto

Info: tel. 214408565 / 24 – masterclass.cinema@cm-oeiras.pt | http://grandescomicosgrandescomedias.blogspot.pt/

Na Antiguidade Clássica existiam apenas dois géneros de teatro (e não existia ainda o cinema, para desdita de gregos e romanos!): o drama e a comédia. De drama está o nosso dia-a-dia carregado. De comédia, deliberada ou não voluntária, também. Mas este ano de 2016 será um ano dedicado à grande comédia e aos grandes argumentistas, realizadores e actores da comédia cinematográfica. De todos os tempos, desde os clássicos do mudo que permanecem tão actuais, às comédias mais actuais que por vezes se revelam tão mudas (e não está selecionado para o ciclo “O Artista”!).

Poderia organizar-se a masterclass com base numa ordem cronológica. Seria uma boa forma de se perceber como evoluíram os processos do humor com o passar do tempo, no campo do cinema. Mas optou-se por um outro critério, para impedir alguma monotonia de métodos que se poderia fazer sentir e permitir agrupar as obras segundo blocos mais ou menos temáticos que consentissem captar estilos e subgéneros diferentes de uma forma mais clara. Sim, porque não existe apenas “a” comédia. Dentro dela há o burlesco, a comédia sofisticada, a sátira, a screwball comedy, a paródia, a comédia poética, a comédia social… Na verdade, voltando aos clássicos, eles já diziam “ridendo castigat mores”, o mesmo é dizer que a rir se castigam os costumes. O humor pode ser crítica fatal e implacável. Crítica de costumes, crítica social, crítica política. A grande comédia é indispensável. Dizem até que faz bem ao fígado. Logo…

Há, pois, grandes cómicos, com lugar garantido enquanto tal em qualquer história do cinema (e falamos de Charles Chaplin, Buster Keaton, Laurel e Hardy, os Marxs, Jerry Lewis, Jacques Tati, Totó, Peter Sellers, Woody Allen, Fernandel, Cantinflas, Danny Kaye, …) e há brilhantes actores que se notabilizaram “também” na comédia (Jack Lemmon, Vittorio Gassman, Cary Grant, Katharine Hepburn, James Stewart, Charles Laughton, Robin Willams, Alec Guiness, Vasco Santana, António Silva…). Há realizadores “de comédia”, apesar de terem feito, e muito bem, outro tipo de filmes (Blake Edwards, Dino Risi, Mario Monicelli, Mel Brooks, Frank Tashling, Roberto Begnini, Milos Forman, Frank Capra, Ernest Lubitch, Leo McCarey, e tantos outros) e há realizadores de uma ou duas comédias que marcaram (Stanley Kubrick, Stanley Kramer, Robert Altman, Pedro Almodovar, por exemplo). Existem igualmente filmes que são simplesmente grandes comédias, porque tudo ajuda à festa, desde o argumento à realização, passando pelo inspirado elenco (são vários os exemplos nesta selecção). De resto, procuramos não repetir obras já analisadas em anteriores masterclasses, o que não quer dizer que não existam repetições obrigatórias (“Quanto Mais Quente, Melhor”, considerada por muitos a melhor comédia de sempre, teria de reaparecer…).

Lauro António